A energia solar no Brasil tem conquistado espaço significativo e evoluído de forma acelerada desde sua regulamentação em 2012. Atualmente, o país conta com mais de 50 GW (gigawatts) de capacidade instalada de energia solar, o que consolida ela como a segunda maior fonte da matriz elétrica nacional.
Esse crescimento reflete o potencial estratégico da energia solar em um país com altos índices de irradiação solar e necessidade crescente de alternativas sustentáveis.
Como a energia solar cresceu no Brasil?
A energia solar no Brasil evoluiu de um mercado incipiente para um dos segmentos mais promissores da matriz energética do país e do mundo. Esse crescimento é resultado de avanços tecnológicos, regulatórios e econômicos que criaram condições favoráveis para essa expansão.
Veja os principais marcos que contribuíram para esse desenvolvimento:
1. Regulamentação Inicial: o início do mercado de geração distribuída (2012)
- Resolução normativa 482 (2012): estabeleceu as regras para a geração distribuída e permitiu que consumidores instalassem sistemas fotovoltaicos em suas propriedades e os conectassem à rede elétrica;
- primeiros avanços: antes dessa regulamentação, o uso de energia solar era esporádico e limitado devido à falta de clareza nas regras.
2. Consolidação do mercado com novas modalidades (2015)
- Resolução normativa 687: introduziu modelos de geração distribuída que ampliaram o alcance da tecnologia:
- geração compartilhada: cooperativas e consórcios podem compartilhar um sistema fotovoltaico;
- autoconsumo remoto: energia gerada em uma unidade pode ser usada em outra propriedade na mesma área de concessão;
- múltiplas unidades consumidoras: aplicável a condomínios e permite o uso da energia de forma individualizada.
Essa diversificação trouxe novas oportunidades e aumentou a acessibilidade e a atratividade da energia solar.
3. Abertura para geração centralizada (2014-2017)
- Leilões de energia: o primeiro leilão nacional dedicado à energia solar ocorreu em 2014, o que sinalizou o início de grandes usinas solares no Brasil;
- primeiras operações: as usinas contratadas nos leilões começaram a operar em 2017 e isso marca a entrada da geração centralizada no setor energético.
A geração centralizada, composta por grandes projetos, complementa a geração distribuída ao suprir demanda em larga escala, especialmente para consumidores industriais e comerciais.
4. Criação da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica
- Fundada em 2013, a ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) desempenhou papel crucial na organização e no fomento do mercado;
- ela atua na articulação com o governo e na conscientização sobre os benefícios e potencial da energia solar no país.
5. Marco Legal da Geração Distribuída (Lei 14.300, 2022)
- Importância: essa lei consolidou o mercado, trouxe segurança jurídica e revisou o sistema de compensação;
- mudanças-chave: regulamentou aspectos como taxas de conexão e transição para novas instalações;
- impacto: incentivou consumidores e investidores ao estabelecer condições mais claras e previsíveis para o setor.
6. Queda nos custos da tecnologia
- Desde 2010, os custos dos sistemas fotovoltaicos caíram significativamente. Segundo dados, o preço dos painéis solares caiu mais de 80% entre 2013 e 2023 e tornou o investimento acessível a um público mais amplo.
7. Incentivos fiscais e linhas de financiamento
- Convênio ICMS 16/2015: isenta a cobrança de ICMS sobre energia injetada na rede;
- Lei 13.169/2015: isentou sistemas de energia solar de PIS e Cofins, o que reduz custos operacionais;
- Linhas de crédito: instituições financeiras criaram financiamentos específicos para energia solar, com prazos longos e taxas atrativas.
8. Fatores econômicos e ambientais
- Inflação energética: o aumento constante nas tarifas de energia elétrica levou consumidores a buscarem alternativas;
- sustentabilidade: a crescente conscientização ambiental e a busca por fontes renováveis impulsionaram a adesão à energia solar.
9. Resultados e Projeções
A energia solar cresceu exponencialmente no Brasil:
- Em 2018, o país alcançou 1 GW de capacidade instalada;
- em 2024, superou 50 GW, com expectativas de crescer ainda mais nos próximos anos.
Esse crescimento coloca o país como um dos líderes globais no mercado de energia solar, com potencial de expansão ainda inexplorado, especialmente no segmento de geração distribuída.
A evolução da energia solar no Brasil é uma história de transformação impulsionada por políticas públicas, inovações tecnológicas e mudanças econômicas. O mercado apresenta oportunidades robustas, tanto para consumidores quanto para investidores, em um cenário de transição energética global.
Qual o cenário atual da energia solar no Brasil?
O Brasil tem, atualmente, mais de 3 milhões de sistemas fotovoltaicos instalados, com a maioria em residências e pequenos negócios. O país está entre os 10 maiores mercados de energia solar do mundo, com destaque para:
- regiões mais produtivas: o Nordeste e o Sudeste lideram em potência instalada, devido à alta incidência solar e infraestrutura favorável;
- produção descentralizada: a microgeração distribuída representa cerca de 70% da capacidade instalada;
- recordes recentes: em 2023, o Brasil registrou sua maior expansão anual no setor de energia solar.
A energia solar já representa uma parcela significativa da matriz elétrica brasileira e contribui para a diversificação das fontes de energia.
Quais os benefícios da energia solar no Brasil?
A energia solar traz inúmeros benefícios econômicos, sociais e ambientais. Entre eles:
- redução de custos: geração de energia própria diminui a dependência da rede elétrica e pode reduzir a conta de luz em até 95%;
- sustentabilidade: a energia solar é limpa e renovável, por isso, mitiga as emissões de gases de efeito estufa;
- acessibilidade: permite eletrificação em áreas remotas, o que melhora a qualidade de vida;
- geração de empregos: o setor já criou mais 1,4 milhões de empregos e deve atingir 3,5 milhões até 2030;
- valorização de imóveis: propriedades com sistemas fotovoltaicos valorizam até 10%.
Quais são os desafios da energia solar no Brasil?
Apesar do crescimento acelerado e do potencial promissor, o mercado de energia solar no Brasil ainda enfrenta desafios técnicos, regulatórios, financeiros e sociais. Esses obstáculos precisam ser superados para a energia solar alcançar todo o seu potencial no país.
Veja alguns desafios que o país ainda precisa avançar:
- custo inicial: apesar de linhas de crédito facilitadas, o investimento inicial ainda é um entrave para muitas famílias;
- burocracia: processos de regulamentação e conexão à rede elétrica podem ser demorados;
- qualidade dos equipamentos: a flexibilização do mercado trouxe novos fabricantes e ampliou o número de integradores, portanto, é muito importante escolher materiais de qualidade e profissionais certificados;
- sustentabilidade da cadeia de suprimentos: a maior parte dos componentes dos sistemas solares (painéis fotovoltaicos, inversores, etc.) é importada, especialmente da China, o que torna o mercado brasileiro vulnerável a variações cambiais e problemas logísticos.
Estes desafios de energia solar no Brasil são complexos, mas não insuperáveis. Com políticas públicas consistentes, melhorias na infraestrutura e maior conscientização dos consumidores, o país pode consolidar sua posição como líder global em energia renovável e isso pode ser questão de tempo para ser efetivado.
Vale a pena investir em energia solar no Brasil?
Com os avanços tecnológicos, incentivos financeiros e economia gerada, a energia solar vale a pena para quem busca reduzir custos e, ainda, contribuir para a sustentabilidade.
O Brasil oferece condições climáticas ideais e o retorno do investimento pode ocorrer em até 5 anos, a depender do sistema.
Como posso começar a investir em energia solar?
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