Uma cooperativa de energia solar reúne pessoas ou empresas para gerar energia limpa de forma coletiva, dividindo custos e créditos. O modelo permite economia direta na conta de luz e maior previsibilidade de gastos.
Além disso, promove sustentabilidade, fortalece a comunidade local e facilita o acesso à energia renovável sem a necessidade de instalação própria de painéis solares.
Como funciona uma cooperativa de energia solar?
Uma cooperativa de energia solar nasce da união de pessoas ou empresas que compartilham o investimento em uma usina fotovoltaica. Essa usina injeta a energia produzida na rede da distribuidora local, transformando-a em créditos.
Esses créditos são distribuídos entre os cooperados, conforme a cota de participação de cada um. O processo ocorre dentro do Sistema de Compensação de Energia Elétrica, previsto pela Resolução Normativa n.º 482/2012 da ANEEL, posteriormente e aprimorado na RN 1.059/2023.
Na prática, cada cooperado continua recebendo a fatura da distribuidora, mas com os descontos aplicados. Isso permite economizar sem precisar instalar equipamentos individuais em casa, ou seja, diferente do modelo de energia solar residencial.
Outro detalhe importante é a simplicidade: a usina pode estar em um terreno arrendado ou próprio, e não precisa estar no mesmo endereço dos cooperados. O requisito é apenas estar dentro da mesma área de concessão da distribuidora.
A cooperativa centraliza a geração e distribui os benefícios de forma proporcional e transparente. É um modelo democrático que alia economia, previsibilidade e acesso facilitado às vantagens da energia solar.
Quem pode participar de uma cooperativa de energia solar?
Qualquer pessoa física ou jurídica pode se tornar cooperada, desde que atenda aos requisitos estabelecidos pela legislação brasileira. A Lei n.º 5.764/71 regulamenta a constituição e o funcionamento das cooperativas no país.
Na prática, é preciso que os interessados estejam na mesma área de concessão da distribuidora de energia. Essa exigência é fundamental, pois os créditos de energia só podem ser compensados dentro dessa área de atuação.
Para pessoas físicas, normalmente basta apresentar a conta de luz em nome próprio. Já no caso das empresas, é exigida a documentação do representante legal e o vínculo da unidade consumidora à cooperativa.
Além disso, a adesão segue princípios cooperativos clássicos: gestão democrática, participação econômica proporcional e igualdade de direitos entre os membros. Cada cooperado tem voz nas decisões, independentemente do valor da sua cota.
Essa abertura faz da cooperativa uma alternativa acessível tanto para pequenos consumidores quanto para negócios maiores. É um modelo inclusivo que amplia o acesso à energia solar no Brasil sem a necessidade de altos investimentos individuais.
Vantagens de participar de uma cooperativa de energia solar
A primeira vantagem é a redução de custos na conta de luz. Ao compartilhar a produção fotovoltaica, cada cooperado recebe créditos que diminuem a fatura mensal, trazendo previsibilidade financeira e economia significativa.
Outro ponto é a sustentabilidade. Participar de uma cooperativa significa contribuir para a transição energética, reduzindo emissões de carbono e ampliando o uso de fontes limpas. É uma ação prática de impacto coletivo e ambiental.
Também há conveniência. Como a usina é centralizada, você não precisa lidar com a instalação de energia solar em sua casa ou empresa. A cooperativa cuida da operação e manutenção, liberando o cooperado dessa responsabilidade.
Há ainda o aspecto democrático. Nas assembleias, todos têm direito a voto, independentemente da cota adquirida. Essa gestão coletiva garante transparência na divisão dos benefícios e nas decisões sobre a administração da usina.
Por fim, destacam-se as facilidades de acesso. Ao invés de um investimento alto em um sistema próprio, a cooperativa dilui custos entre os participantes, tornando o modelo mais acessível e ampliando as oportunidades de adesão à energia limpa.
Modelos de cooperativa solar: opções que fazem diferença
As cooperativas podem assumir diferentes formatos, dependendo do perfil dos cooperados e do objetivo comum. Veja os três principais modelos e como cada um deles pode gerar benefícios práticos.
1. Compra coletiva de equipamentos
Nesse modelo, os cooperados se organizam para adquirir painéis, inversores e demais itens em conjunto. A compra em volume reduz custos de aquisição e viabiliza a implantação de sistemas fotovoltaicos com menor investimento inicial.
Além do ganho financeiro, esse formato garante acesso a equipamentos de qualidade, já que a negociação coletiva permite fechar parcerias com distribuidores confiáveis.
2. Financiamento coletivo
Aqui, o grupo busca linhas de crédito específicas para energia solar, compartilhando a responsabilidade pelo pagamento. É uma forma prática de viabilizar o projeto, diluindo custos e acelerando a adesão.
3. Fazenda solar
Nesse formato, a cooperativa implanta uma usina centralizada em área rural ou arrendada. Toda a energia gerada é distribuída entre os membros, proporcionalmente às cotas adquiridas.
O modelo elimina a necessidade de espaço físico próprio e amplia o alcance da energia solar para quem não pode instalar painéis em casa ou na empresa. É a forma mais inclusiva de geração compartilhada.
Aspectos técnicos e regulatórios das cooperativas
As cooperativas de energia solar são regidas pela legislação geral das cooperativas e pelas normas da ANEEL, em especial a Resolução Normativa n.º 482/2012, que criou a geração distribuída.
Essa regulamentação define como ocorre a compensação de créditos, os limites de potência e as regras de conexão à rede, garantindo segurança aos cooperados.
No campo tributário, a energia não é comercializada, mas compensada, o que evita incidência de impostos sobre circulação elétrica. Ainda assim, tarifas mínimas, como a TUSD, permanecem na fatura.
Em síntese, a regulação oferece segurança jurídica e clareza sobre o funcionamento da energia solar compartilhada.
Como funciona a geração e compensação de créditos de uma cooperativa?
Na prática, a usina da cooperativa de energia solar injeta energia na rede elétrica, que se transforma em créditos compensados pela distribuidora. Esses créditos reduzem automaticamente a fatura dos cooperados, proporcionalmente às suas cotas.
Quando sobra energia, os créditos permanecem disponíveis por até 60 meses.
É como um “banco de energia”: você gera durante o dia e compensa depois, garantindo previsibilidade de gastos e acesso coletivo à geração limpa.
Financie seu projeto residencial e comercial com a Sol Agora
Somos uma empresa criada para democratizar o acesso à energia limpa em todo o Brasil. A análise de crédito leva segundos, a documentação é reduzida e você paga a primeira parcela em até 5 meses após aprovação do crédito.
Quer saber como caberia no seu bolso? Faça agora mesmo uma simulação de financiamento solar com a Sol Agora. Assim, você descobre as condições ideais para o seu perfil.